quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Das assas, voos e ventos

As gaivotas bailam sobre um rio de firmamento
E as águas molhadas de poeira estelar desaguam galáxias imensas
Dessas com correntes quentes e frias entre zonas trópicas e equatoriais
Equitativo sem medição é o bater de assas simbólicas
Dependuradas num varal estendido sobre esgoto espúrio
Visto-as, mas, não consigo planar, falta o vento

Agarro-me por fim na cauda de um cometa triste
Ele caminha solitário e qualquer impacto seu é chamado de violento
Quer descansar, ele apenas quer formar um mar ao colidir
Quer se desfazer nas falésias de vida borbulhante

O que há de mal em banhar-se nas águas da memória?
Descendo profundamente, escavando pensamentos de acesso padrão
Rapidamente imergir em solida carapaça de medos e solidões
E as gaivotas continuam planando e em minhas assas nem sequer bateu um vento.


(Y.S.S. 27/11/2013)

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