As gaivotas bailam sobre um
rio de firmamento
E as águas molhadas de poeira
estelar desaguam galáxias imensas
Dessas com correntes quentes
e frias entre zonas trópicas e equatoriais
Equitativo sem medição é o
bater de assas simbólicas
Dependuradas num varal
estendido sobre esgoto espúrio
Visto-as, mas, não consigo
planar, falta o vento
Agarro-me por fim na cauda de
um cometa triste
Ele caminha solitário e
qualquer impacto seu é chamado de violento
Quer descansar, ele apenas
quer formar um mar ao colidir
Quer se desfazer nas falésias
de vida borbulhante
O que há de mal em banhar-se
nas águas da memória?
Descendo profundamente,
escavando pensamentos de acesso padrão
Rapidamente imergir em solida
carapaça de medos e solidões
E as gaivotas continuam
planando e em minhas assas nem sequer bateu um vento.
(Y.S.S. 27/11/2013)
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