sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Planar sideral

Decido tudo e num instante transfiguro num mundo sideral
Plumas já não servem ao atrito e o planar é pura vontade
Tudo parece falta de gravidade e impulso pra espaçonave
As horas não voam com o vento e o vácuo não permite a demora
E a aurora é um escudo profundo protegendo a escuridão do mundo

O decolar no universo é sempre permitido se não fosse o amanhã
Esse que impede de olhar além da tarde vã
E o tempo espacial derradeiro por pura novidade
Cansou de ouvir ontem, hoje, amanhãs e talvez
E ficou como plumas planando por pura vontade
Vontade de transfigurar-me num sideral sem rumo


(Y.S.S. 18/11/2013)

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